quarta-feira, janeiro 11, 2006

Renascer do vazio

És serpente pérfida, sem qualquer moral.
Foste abarcando a minha alma,
até dispersar o meu mundo… com toda a calma.

Assim, caí em desgraça,
deixei de saber quem sou,
certeza, a única… sei quem nunca me amou,
no meio de toda a farsa.

Agora apanho os estilhaços do vazio,
e vou reconstruindo o que foi perdido.
Quero de novo encontrar tranquilidade,
e extinguir para sempre a saudade.

Uma vez morri.
Uma vez renasci.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Perdi-me

Envergo uma máscara
que sempre me acompanhou
com ela me perdi de mim…
não sei mais quem sou!

O medo da face do espelho
(ver a alma a nu …sem protecção)
tornou-me na sua escrava,
fantasma na multidão.

Vivo no mundo das sombras,
sem norte, sempre perdida
numa encruzilhada esquecida,
de labirintos sem saída.

Véu de tristeza e de trevas,
que me imerge na solidão.
Sem ele não me reconheço,
sou muralha de escuridão.

Perdi-me,
espectro que vagueia entre crepúsculos
à espera de absolvição.
Encontrar-me,
no dia da liberdade e do confronto,
conseguir pedir-me o perdão.
Locations of visitors to this page