terça-feira, fevereiro 07, 2006

Vida ancorada

Carrego mil trapos de pranto,
janelas tristes…que perdem encanto
ocultando as mágoas lancinantes
numa melodia de gritos sufocantes.

Como Atlas, condenada para a imortalidade
a suportar uma hecatombe pungente,
perder quimeras…a ser apenas resistente
a um lirismo apartado com mediocridade.

Quero…
Rasgar os trapos!
Extravasar as janelas!
(Tentativa frustrada
de purgar a dor,
e reaver quimeras.)

Quero…
Admirar a vespertina luz,
que já não me seduz.
(Hiato de esperança,
que traz abismo na lembrança.
Resquícios de abandonos de infância.)

Lamento assim o pertinaz sentido
de um sonho despedido.
Desta indigência arrastada
jaz agora apenas…Vida ancorada.

1 comentário:

Anónimo disse...

queres...ir ao contagiarte? :D

agora tou no porto aos fins de semana...deixa lá as águas de bacalhau e vem mas é dançar...! :P

até

*

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