terça-feira, maio 16, 2006

Depressão

Derramo torrentes de gritos calados
perceptíveis apenas por quem os viveu.
Cravados no peito, sufocantes tormentos
num estrangulamento de nós cegos.
São brados agonizantemente reprimidos
que derivam das profundezas da alma.
Constante fadiga de angústias e medos,
dor invisível que agasta e consome.

Neste beco sem saída de iminente ruína,
envolta no isolamento que um vazio criou,
procuro a custo instigar a derradeira implosão…
dolorosa, mas primordialmente aniquiladora
de um sofrimento cru de desgaste arrastado.
Único caminho para rasgar as muralhas de aço,
e transformá-las em meras folhas de papel.
Última tentativa de resgate…reencontrar-me!

Voltar a…
Respirar…Sonhar…Sorrir…Amar…Sentir…
Regressar a Viver!

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda quero ouvir este no pucaros e ver que os deixaste de coraçaozinho apertado a chorar por ti. E no fim, ah, no fim, no fim dares uma grande gargalhada e gritares bem alto UM PINGO FAXABOR (ou outra coisa que nao esteja na lista)

Anónimo disse...

Sabes que até tens jeito para isto? E somos mesmo parecidas, inclusivé na forma de escrita poética... um dia verás por teus próprios olhos... ;)
Beijos e continua a escrever sempre.

"Prima" :)

Anónimo disse...

Bem Ana, tu és sentimentos, emoção, explosão e calma... tens muita coisa dentro de ti que sai assim, sob a forma destes textos... destes versos fortes.

Sinto que encontraste a forma de expressão mais adequada a ti, à tua forma de estar.

Beijos!!!

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