segunda-feira, outubro 09, 2006

Ciclo da Água

Que dia solarengo este que me desperta a contemplar!
Visto um vestido de tons de terra e vou até ao lago nadar.
O lago é um espelho que me reflecte a imagem
mas eu quero ver a outra face … vislumbrar a margem.

Então banho-me nas suas águas
e afago o leito de cristalina plenitude.
Cores e formas tão diversas
habitam esta “fonte de eterna juventude”.

Na erosão das rochas polidas vou repousar.
O sol que me abraça num encanto sedutor
aquece-me o corpo para as gotas me levar
mas eu vou no seu encalço pelo céu azul de mar.

Nesta viagem transcendental
revigoro os sentidos e com o tempo condenso.
Do choque de vapores no nevoeiro denso
renasço - imaculada chuva vital.

É este odor a terra molhada
que se infiltra pelo horizonte terrestre
alimentando e gerando Vida
no ambiente mais agreste.

Assim corro até ao mar
e provo a lágrima mais salgada
venerando o ciclo generoso
que faz da Terra esta tão singular morada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sabes aqueles poemas que são tão fixes que até chateiam de tão fixes que são? Sabes?? Então... cala-te! loool não te cales, não cales essa vozinha interior que canta poesia!
Beijinhos,
Guida.

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