domingo, dezembro 11, 2005

Como uma prisão

Passaram semanas, meses…anos
O meu esforço para te fazer desvanecer foi supremo
Perdi, perco todos os dias…quase todas as horas
Sempre que, por ilusão julguei ter-te esquecido
Lá me aparecias tu, no mundo dos sonhos
Mas que poderes tens tu? Dominas o mundo, a magia
Oiço-te na música, encontro-te nos mais recônditos espaços
É-me impossível fugir de ti
E ignoras esse teu poder, só eu o testemunho
Quero libertar-me, mas como?
Através de uma chave? De um antídoto?
Não sei quanto tempo permanecerei nesta prisão
Mas continuarei a procurar uma fuga
Porque sei que o tempo, por si só, não te levará.
Vou preencher os meus pensamentos com inutilidades
Assim não correrei o risco de viver memórias,
De imaginar cenários idílicos
E, por fim, conseguirei aniquilar a inquietação
Este sentimento causado pelo medo, pela desconfiança, pela insegurança
Afinal de que serviram estes escudos?
Vou viver cada dia ansiando pela minha libertação…

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