domingo, dezembro 11, 2005

Voo do punhal

Feriste-me com um punhal
Não foi um golpe fatal
Mas a ferida permanece
Lembrança tua que não esquece

Nenhuma droga serena
a dor profunda que engrandece
Atormenta, dilacera, corrói-me a alma
Enquanto estações avançam com toda a calma

Peço-te, enterra o punhal
Quero ser livre como o Vento
Vá, depressa enquanto há tempo!

Não quero nenhuma cicatriz no peito!
Batalha perdida para sempre gravada
Existência perdida, sem ti nunca achada

Contemplo a harmonia do voo do pássaro de aço
Vou ao seu encontro sem qualquer embaraço

Assim derrubo limites e extingo as fronteiras
Para criar novos mundos sem iras, sem armas.

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